Encruzilhada
Par de olheiras mira em volta. Dúzias de blocos. Pencas de credenciais. Canetas sem tinta. Panfletos de campanha. Jornais amarelos. E quilos de papel.
Necessária espera. Chá de banco. Café requentado. E gastrite. Conta histórias. Para tal, pergunta. Com olhos, ouvidos, dedos. Vá lá, com a boca.
Oferece corpo e alma. Mãos e tendões. Alinhava palavras. Apara textos. Costura passado, presente, futuro. O mundo de cá. Com o de lá.
Em fúria pela clareza, questiona. No limite da petulância. Faz-se passar por quem a lê. Para entender. O que ninguém explica. Porque também não entende.
Há alguém determinado a dissuadi-la. Pestaneja. Resiste. Pestaneja. Resiste. Passa o tempo. Pestaneja. Pestanejo.
O sonho, afinal, tornou-se fardo.
3 Comments:
Não deixe o sonho morrer...
ADOROOOOO os teus escritos!!!!
Beijão aqui do Sul...
Debby Janczura
tu já cansou da reportagem? bora trabalhar em Mato Grosso então... sabe que eu sempre te quis lá comigo, ne?
Gi querida, não insiste muito que eu vou...
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