Caxola

Idéias flutuam pela ruas da cidade. Nadam pelos ares em busca de ouvidos atentos e ansiosas por olhos curiosos. Meu prazer voluntário é capturá-las, vesti-las de sedas e traduzi-las em palavras. No Caxola, a beleza acre do cotidiano veste traje de gala.

quarta-feira, maio 13, 2009

Encruzilhada

Par de olheiras mira em volta. Dúzias de blocos. Pencas de credenciais. Canetas sem tinta. Panfletos de campanha. Jornais amarelos. E quilos de papel.

Necessária espera. Chá de banco. Café requentado. E gastrite. Conta histórias. Para tal, pergunta. Com olhos, ouvidos, dedos. Vá lá, com a boca.

Oferece corpo e alma. Mãos e tendões. Alinhava palavras. Apara textos. Costura passado, presente, futuro. O mundo de cá. Com o de lá.

Em fúria pela clareza, questiona. No limite da petulância. Faz-se passar por quem a lê. Para entender. O que ninguém explica. Porque também não entende.

Há alguém determinado a dissuadi-la. Pestaneja. Resiste. Pestaneja. Resiste. Passa o tempo. Pestaneja. Pestanejo.

O sonho, afinal, tornou-se fardo.

3 Comments:

Blogger Debby Janczura said...

Não deixe o sonho morrer...
ADOROOOOO os teus escritos!!!!
Beijão aqui do Sul...
Debby Janczura

15 maio, 2009 15:06  
Blogger gisele said...

tu já cansou da reportagem? bora trabalhar em Mato Grosso então... sabe que eu sempre te quis lá comigo, ne?

23 junho, 2009 22:55  
Blogger Carolina Freitas said...

Gi querida, não insiste muito que eu vou...

13 julho, 2009 18:01  

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