Encruzilhada

Necessária espera. Chá de banco. Café requentado. E gastrite. Conta histórias. Para tal, pergunta. Com olhos, ouvidos, dedos. Vá lá, com a boca.
Oferece corpo e alma. Mãos e tendões. Alinhava palavras. Apara textos. Costura passado, presente, futuro. O mundo de cá. Com o de lá.
Em fúria pela clareza, questiona. No limite da petulância. Faz-se passar por quem a lê. Para entender. O que ninguém explica. Porque também não entende.
Há alguém determinado a dissuadi-la. Pestaneja. Resiste. Pestaneja. Resiste. Passa o tempo. Pestaneja. Pestanejo.
O sonho, afinal, tornou-se fardo.