Negócios à parte
Dediquei três horas do domingo a me pendurar nas sombrancelhas do espirituoso governador paulista. A pauta de pergunta única foi o de menos. Em visita ao Arquivo do Estado, ele se diverte. Ex-presidente da Arena e auto-declarado defensor da democracia, Lembo não exige questões elaboradas para se mostrar.
Examina com aqueles grandes olhos pretos um título de eleitor de 1881. O dono do documento: Manoel Souza de Borba Júnior, 38 anos, com instrução, nº de alistamento 629. Lembo examina curioso o papel, que tem tamanho de uma folha de ofício. "Olha a profissão do homem! Era negociante". E solta, certeiro: "Esse aqui era do PT!".
O que o governador não reparou foi na renda do precursor petista dos tempos do Império: parcos 300 contos de réis. Com esses ganhos, Manoel Souza era, no máximo, do PFL .
Examina com aqueles grandes olhos pretos um título de eleitor de 1881. O dono do documento: Manoel Souza de Borba Júnior, 38 anos, com instrução, nº de alistamento 629. Lembo examina curioso o papel, que tem tamanho de uma folha de ofício. "Olha a profissão do homem! Era negociante". E solta, certeiro: "Esse aqui era do PT!".
O que o governador não reparou foi na renda do precursor petista dos tempos do Império: parcos 300 contos de réis. Com esses ganhos, Manoel Souza era, no máximo, do PFL .